O EQUILÍBRIO ESTÁ NO MEIO TERMO

O EQUILÍBRIO ESTÁ NO MEIO TERMO

                                                                

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                     “A principal coisa na vida é não ter medo de ser humano” (Pablo Casals)

O psiquiatra argentino Hugo Marietán define a pessoa perfeccionista como aquela que se esforça para melhorar o êxito de seu objetivo seguindo um padrão ideal. São pessoas que tendem dar importância exagerada a tudo e nunca se sentem satisfeitas. Ocupam-se mais do que necessário em pequenas tarefas e tendem a ficar com a sensação de que poderiam ter feito ainda melhor.

Se você for um perfeccionista, é provável que você tenha aprendido cedo na vida que as pessoas sempre a avaliariam pelo quanto você realizaria ou conseguisse. Em consequência disso, você pode ter aprendido a avaliar-se somente na base da aprovação das outras pessoas. Assim sua autoestima pode estar sendo baseada primeiramente em padrões externos. Isto pode deixá-la vulnerável e excessivamente sensível às opiniões e as criticas dos outros. Na tentativa de proteger-se de tal criticismo, você pode decidir que ser perfeito é sua única defesa.

O perfeccionismo ao qual nos referimos é aquele que nos desgasta, levando-nos a uma série de problemas em nível pessoal, conjugal, social, profissional, etc. está relacionado à arrogância e ao medo de errar, ou seja, para o perfeccionista tudo deve ser perfeito, ele não admite erro, mudanças. Geralmente, defende sua posição analisando somente a dicotomia perfeição-displicência. É 8 ou 80, sim ou não. Para o perfeccionista não tem meio termo. É tudo ou nada. Não raro, está mais preocupado em manter as aparências, em se mostrar superior. Nesta conotação o perfeccionista jamais admitirá que sua verdadeira preocupação seja com a opinião alheia, há um medo de que suas falhas sejam expostas, de que descubram que ele é tão normal quanto qualquer ser humano. O ideal é encontrar um equilíbrio.

Segundo Gordon L. Flett, professor de psicologia da York University e autor de diversos estudos a esse respeito, “É natural que as pessoas queiram ser perfeitas em algumas coisas, por exemplo, no trabalho. Para ser um bom editor ou cirurgião é importante não cometer erros”, “Mas você começa a enxergar problemas reais quando isso se generaliza para outras áreas da vida, ou seja, a vida familiar, a aparência, os hobbies.”

O perfeccionista espera que todos ao redor sejam perfeitos e se incomoda quando não consegue aplicar aos outros suas regras de disciplina. À primeira vista o perfeccionismo parece ser algo positivo, pois ele pode ser usado como uma força propulsora para o bem. As pessoas de seu convívio, muitas vezes, não conhecem suas expectativas, o que gera tensão com familiares, amigos e colegas, além de um grande sentimento de raiva.

Em geral, o perfeccionista é detalhista, meticuloso e caprichoso em suas ações. A sociedade normalmente valoriza alguns traços comuns ao perfeccionista, como, por exemplo, a responsabilidade, a pontualidade, o esmero e assim por diante. Tais qualidades quando em nível adequado (sem exageros) são bem vindas.  No passado, o perfeccionismo era até visto como um aspecto positivo e acreditava-se ser fator de sucesso profissional. Contudo, o problema do perfeccionismo vem à tona quando o seu possuidor não atinge o alvo proposto para si mesmo. Quando a busca do resultado perfeito interfere negativamente nas atividades profissionais do perfeccionista, quando este se desgasta para a realização de suas tarefas revisando continuamente suas tarefas levando muito tempo para concretizá-las, ou perdendo tempo em revisões desnecessárias, de modo a comprometer sua produtividade.

Toda qualidade em excesso se torna em defeito ou até mesmo um transtorno.  O amor em excesso sufoca, a religiosidade se torna fanatismo, a vaidade em narcisismo, o perfeccionismo em obsessão, só para dar alguns exemplos.

O universo pessoal do perfeccionista pode ser tomado por frustrações contínuas, o que o conduz a um estado de tristeza, culpa e até mesmo auto-desprezo.

Há dois tipos de perfeccionistas. O primeiro é o introspectivo, ou seja, aquele que apresenta pouca autoestima e confiança própria e para quem qualquer erro equivale à desaprovação dos outros. O segundo é o extrospectivo, ou seja, aquele que não apresenta baixa autoestima, porém, não confia nas habilidades ou capacidades dos outros ao seu redor. Logo, este segundo tipo não consegue delegar e exige sistematicamente das outras pessoas a perfeição que requer de si mesmo.

A busca da perfeição é diferente de sermos perfeccionista. É correto buscarmos dar o melhor de nós. É prudente estarmos atentos para não errar, mas admitir que somos passíveis de imperfeições é ter humildade para reconhecer nossos erros e falhas, é admitir que podemos ser cada vez melhor naquilo que fazemos.

O Sábio Rei Salomão disse “não sejais demasiadamente sábios; porque te destruirias a ti mesmo?” Ecl7: 16.

Em psicologia a verdade, ou, o equilíbrio está no meio termo.

Profa Dra Edna Paciência Vietta

Psicóloga Cognitivo-comportamental / Ribeirão Preto

Edna_vietta@hotmail.com

                                          

                                                                                          

                        

Procrastinação: empurrar com a barriga

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                                         Procrastinação: empurrar com a barriga

Procrastinar é uma das grandes causas de insucesso acadêmico, fonte de muito sofrimento e conflitos, porque a inércia incomoda as pessoas ao seu entorno, sobretudo, familiares que acabam mantendo cobrança constante sob o procrastinador. Procrastinar é adiar sucessivamente uma tarefa ou decisão. A pessoa fica dividida entre o dever e o lazer ou ócio, porém se mantém acomodado, ou seja, continua adiando a iniciativa em fazer o que tem que ser feitor, embora se sinta culpada e estressada com culpa e cobranças. Não estudar para um exame que vai acontecer daqui a cinco dias, não estar preparada e ficar tranqüilo e relaxada assistindo televisão ou passeando pelo shopping sem se importar ou não se sentir culpada por isso, então ela estará procrastinando. As pessoas que adiam atividades fazem coisas como deixar o quarto a um estado de desorganização incontrolável, empilhar a louça na pia da cozinha, deixar de ir ao médico porque vai perder tempo, desistir de terminar a leitura de bom livro, deixar de iniciar um trabalho, etc. O comportamento de procrastinação é desenvolvido ao longo da história de vida do indivíduo e se torna um hábito. Em sua dinâmica de vida, devido às freqüentes repetições deste comportamento e possíveis conseqüências positivas (não sentir desconforto), a pessoa adquiriu um hábito comportamental. Os procrastinadores, não sentem motivados a realizar tarefas e estão sempre dizendo que o farão depois, só que esse depois é postergado, não chega nunca, simplesmente porque tarefas lhe trás desconforto ou lhes são desagradáveis ou ainda, lhe exige esforço, atenção, tempo e motivação. Os procrastinadores usam mais frases do tipo “eu devo fazer tal coisa” que as outras pessoas. Eles dizem a si mesmos “Devo começar um trabalho, já perdi muito tempo”, “Devo terminar a faculdade, não posso continuar assim”. “Devia estudar para o vestibular, o tempo está passando”. Na verdade, quanto mais afirma para si que devia fazer algo, mais difícil se torna a tomada de decisão em começar agir. Por certo o procrastinador deveria melhor banir do seu vocabulário frases do tipo: “eu preciso”, “eu devo”, e substituí-las por: “É desejável que eu faça” , “ é benéfico eu fazer”, “me é vantajoso tomar tal atitude”, essas frases sugeridas refletem melhor a razão pela qual se deve fazer algo. O procrastinador está sempre cansado, exausto, culpando o destino, a sorte ou melhor o azar. Parece que nada dá certo para ele. Seria importante atentar para suas reais responsabilidades e se conscientizar das possíveis vantagens em se fazer o que se propõe. Se pensarmos que nada lucramos em fazer algo ou se temos coisas melhores a fazer, não se terá a motivação necessária para tomada de iniciativa. No entanto, se for vantajoso, então se fará a tarefa porque se quer, e não porque “devíamos”. Vamos ao médico ou ao dentista, porque é melhor para nós, para a nossa saúde. Estudamos, porque queremos acabar um curso. Arrumamos os papéis da mesa, porque produzimos mais e melhor com mesa arrumada. Organizarmos nosso quarto, para dormirmos melhor, mais relaxado. Crenças e Pensamentos Disfuncionais, a forma como se pensa (isto é, aquilo que as pessoas dizem a si próprias) influencia a atitude face às varias tarefas de manutenção ou de desenvolvimento que se pensa realizar. Por exemplo, pensamentos como “Não consigo ser bem sucedido em nada”, “Não tenho as competências necessárias para desempenhar tais tarefa”, “não vou dar conta de realizar o que pretendo” podem levar a sentimentos de inadequação que conduzem ao adiamento. Aqueles que acreditam “veementemente” que são incompetentes nesta ou naquela tarefa (ou mesmo em geral) “estão certos” de que vão falhar e procurarão evitar a sensação desagradável de ver as suas competências testadas. Ás vezes, o procrastinador se acha competente de mais e não aceita realizar qualquer tarefa e então procrastina até encontrar essa “coisa melhor” que na verdade, não existe para ele. Existem muitos outros tipos de pensamentos disfuncionais, como acontece quando o procrastinador encara uma recaída como um fracasso total; quando sente as tarefas como esmagadoras e irrealizáveis; quando pensa que ao ignorá-las vão acabar aparecendo feitas, tipo (tupã está me ajudando) ou acabar desaparecendo por encanto ou magia; ou quando desenvolve a tendência a subestimar o tempo e o esforço necessário para realizar a tarefa, ou dificuldade em encará-la; ou ainda, quando se pensa que a motivação tem que preceder a ação – “tem que estar muito motivado para fazer algo, aparentemente menos atrativo, etc. Outro aspecto analisado na procrastinação, tanto acadêmica como na vida diária, especialmente, são as crenças falsas, como: “tenho que ser perfeito”,”é mais seguro não fazer nada do que correr o risco e falhar”, num modelo de esquiva descrito por Burka e Yuen (1991). O procrastinador assume a crença de que pessoas bem sucedidas se sentem sempre confiantes e facilmente alcançam os seus objetivos sem ter que enfrentar sentimentos de frustração, incertezas e fracassos. O sentimento de culpa aparece porque, sem conseguir controlar o próprio tempo, os procrastinadores sentem que o dia passa sem que tenham produzido o mínimo necessário. Assim, criam um caos pessoal que acaba em sentimentos depreciativos. Há casos de gente que se endivida por perder prazos de pagamentos, que fica desempregada ou passa por crises de auto-estima. Estudos de pesquisa vão ainda mais longe. Para a pesquisadora Fuschia Siroisela, a procrastinação é caso de saúde pública. Ela descobriu que aquele costume de deixar a ida ao médico para depois ou postergar a matrícula na academia causa problemas de saúde definitivos. O ato de adiar pode estar relacionado à exigência de perfeição – pessoas perfeccionistas preferem tarefas desafiadoras às fáceis de realizar. Segundo Patricia Sommers, entre uma série de variáveis que favorecem a enrrolação, o medo do fracasso é a líder da lista. “Aqueles que mais têm medo de errar são os que mais procrastinam.” Na hora de botar a mão na massa, acabam adiando a realização da tarefa por medo de errar. Também pode haver, na raiz da procrastinação, um pouco de auto-sabotagem. Se achando pouco merecedor dos benefícios que a tarefa poderia lhe render, o procrastinador supervaloriza os obstáculos que o impedem de cair de cabeça no trabalho, acabando com a possibilidade de fazê-lo bem-feito. A procrastinação é, também, uma forma de se lidar com emoções e sintomas físicos que acompanham alguns problemas mentais, como Transtorno de Déficit de Atenção, Depressão, Ansiedade de Separação, Ansiedade Generalizada, Transtorno Bipolar ou Transtorno Obsessivo-Compulsiva. As causa são basicamente três: a genética biológica do organismo do indivíduo (neurotransmissores, hormônios, comportamentos reflexos e motores), a educação que ele recebeu, somada as suas experiências de vida, e a cultura em que ele está inserido. Nesse último caso, o Brasil não dá modelos de condutas assertivas, que envolvem organização, planejamento, autocontrole, limites e outros. Na grande maioria das vezes na infância quando as crianças são extremamente cobradas pelos pais, acreditam que não conseguirão realizar suas tarefas de modo satisfatório e acabam postergando por medo e insegurança tudo que for importante. E também o outro lado da mesma moeda, ou seja, crianças extremamente protegidas, pois acreditam que sempre alguém fará por elas. Tornando-se assim, adultos inseguros para agir quando alguém não as tiver auxiliando. Porém, o que mais explica a procrastinação é o fato do procrastinador valorizar muito mais o momento presente que do futuro, ou seja, o Carpe diem, o hedonismo, ou seja, a buscar o prazer imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo o que possa ser desagradável. Quando o indivíduo não aceita fazer as coisas de forma gradual e progressiva e insiste pular etapas. Por isso, um jeito de evitar a procrastinação é mudar a forma de pensar. Enquanto problema comportamental, tal como outros problemas ligados à saúde mental, pode ser tratado com psicoterapia associados a psicofármacos.

Profa Dra Edna Paciência Vietta

Psicóloga Cognitivo-comportamental Ribeirão Preto

 

Procrastination : push the belly ” Procrastinating is one of the major causes of academic failure , source of much suffering and conflict , because inaction bothers people to their surroundings , especially family members who end up keeping steady recovery under the procrastinator . Procrastinating is successively put off a task or decision. The person is torn between duty and laser or idleness , but remains seated , ie , delaying the initiative continues to do what has to be overseer , though feel guilty and stressed with guilt and charges . Not studying for an exam that will happen in five days, do be prepared and stay calm and relaxed watching television or strolling through the mall without caring or do not feel guilty about it , then it will be procrastinating . People who postpone activities do things like leave the room in a state of uncontrollable clutter , stacking the dishes in the kitchen sink , let go to the doctor because it will waste time , give finished reading a good book, fail to start a job etc. . The behavior of procrastination is developed throughout the history of life of the individual and becomes a habit . In his dynamic life due to frequent repetition of this behavior and possible positive consequences ( no discomfort ) , the person has acquired a behavioral habit. Procrastinators , do not feel motivated to perform tasks and are always saying they will do later, only this is then postponed , never arrives , simply because tasks behind you discomfort or unpleasant to them or even require you effort , attention, time and motivation. Procrastinators longer use phrases like ” I do such a thing ” than other people . They tell themselves ” I must get a job , I’ve lost a lot of time ” , ” I finish college , I can not continue like this .” ” I should study for the exam , the clock is ticking .” In fact , the more claims for himself what he should do something, the more difficult it becomes to decision making in start acting . For sure the best procrastinator should banish from your vocabulary phrases like ” I need ” , ” I should ” and replace them with : ” It is desirable that I do ” , ” is beneficial I do,” ” I take it is advantageous such an attitude , ” suggested these phrases reflect better the reason why something must be done . The procrastinator is always tired , exhausted , blaming fate , luck or rather unlucky . It seems that nothing goes right for him . It would be important to pay attention to their real responsibilities and be aware of the potential advantages in doing what is proposed . If we think that we have gained nothing in doing something or if we have better things to do , do not have the motivation to take the initiative . However , if advantageous , then do the job because they want to , not because they ” should ” . Let the doctor or dentist, because it is better for us , for our health . Study , want to finish the course. We arrange the papers from the table , because we produce more and better with desk tidy . Organize our room so we sleep better, more relaxed . Dysfunctional thoughts and beliefs , the way you think ( ie , what people say to themselves ) influences attitudes towards various maintenance tasks or development thought to accomplish. For example , thoughts like ” I can not be successful in anything,” ” I do not have the skills required to perform such task,” ” I will not give account to accomplish what I want ” can lead to feelings of inadequacy that lead to the postponement . Those who believe ” strongly ” that are incompetent in this or that task ( or even in general) are ” certain ” that they will fail and seek to avoid the unpleasant feeling of having their skills tested . Sometimes , the procrastinator finds more competent and does not accept any task and then procrastinate until it finds the ” best thing ” that actually does not exist for him . There are many other types of dysfunctional thoughts , such as when the procrastinator sees relapse as a total failure ; when it feels like overwhelming tasks and unworkable ; when you think to ignore them will end up appearing made ​​, type ( tupã is helping me ) , or fading away by magic or magic ; develops or when the tendency to underestimate the time and effort required to accomplish the task , or the difficulty face it ; or when you think that motivation must precede action – ” have to be very motivated to do something seemingly less attractive , etc. . Another aspect analyzed in procrastination, both academically and in everyday life , especially, are false beliefs , such as : ” I have to be perfect,” ” it is safer to do nothing than to risk and fail,” a Dodge model described by Burka and Yuen (1991). The Procrastinator assumes the belief that successful people always feel confident and easily reach their goals without having to cope with feelings of frustration , uncertainties and failures . Guilt arises because , unable to control time itself , procrastinators feel that the day passes without having produced the minimum required . So , create a personal chaos that ends in derogatory feelings . There are cases of people who are indebted for missing payment deadlines , becoming unemployed or going through crisis of self -esteem . Research studies go even further . For the researcher Fuschia Siroisela , procrastination is the case of public health. She found that this habit of leaving going to the doctor to postpone enrollment after or at the gym definitive cause health problems . The act of delay may be related to the requirement of perfection – perfectionists people prefer challenging tasks easy to accomplish. According to Patricia Sommers , among a number of variables that favor enrrolação , fear of failure is the leader of the list. ” Those who are most afraid of making mistakes are the ones who procrastinate . ” In time to get your hands dirty , end up delaying the completion of the task for fear of making mistakes . There may also be at the root of procrastination, a little self – sabotage . If finding little deserving of the benefits that could earn him the task , the procrastinator overestimates the obstacles that keep you from falling on your head at work , eliminating the possibility of doing it well done . Procrastination is also a way of dealing with emotions and physical symptoms that accompany some mental problems such as Attention Deficit Disorder , Depression , Separation Anxiety , Generalized Anxiety , Bipolar Disorder or Obsessive Compulsive Disorder . The causes are mainly three : the biological genetics of the individual organism ( neurotransmitters , hormones , reflexes and motor behavior ) , the education he received , plus their experiences of life and culture in which it is inserted. In the latter case, Brazil does not give models of assertive behaviors , which involve organizing, planning , self-control , and other limits . In most cases in childhood when children are extremely charged by parents believe that they can not perform their tasks satisfactorily and end up postponing because of fear and insecurity that is all important. And also the other side of the same coin , ie , extremely protected children, because someone will always believe in them . Becoming so insecure to act when someone does not have the assisting adults . But what else explains the fact is procrastination procrastinator appreciate much the present moment of the future , ie , Carpe diem , hedonism , ie , to seek the immediate , individual pleasure , as the only possible form of moral life , avoiding anything that might be unpleasant . When the individual does not accept doing things gradually and progressively and insists skip steps . Therefore , one way to avoid procrastination is to change the way you think . While behavioral problem , like other mental health problems can be treated with psychotherapy associated with psychotropic drugs .

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Mecanismos da mente humana e a terapia cognitivo-comportamental

                                         
A Cognição é um termo amplo que se refere ao conteúdo dos pensamentos e aos processos envolvidos no nosso ato de pensar. Assim, são aspectos da cognição as maneiras como percebemos e processamos informações, os mecanismos e conteúdos de memórias e lembranças, estratégicas e atitudes que utilizamos na resolução de problemas.Cognição é o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através da percepção, da atenção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. Mas, a cognição é muito mais do que simples aquisição de conhecimento e, conseqüentemente, a nossa melhor adaptação ao meio – é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. Ela é um processo pelo qual nós seres humano interagimos com os nossos semelhantes e com o meio em que vivemos, sem perder nossa identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória. Daí a cognição ter importante função adaptativa e o seu desenvolvimento permitir uma progressiva complexidade, flexibilidade e sofisticação na capacidade de resolução de problemas.A Ciência da Informação definida como ciência interdisciplinar propõe diversos pontos de intersecção com outras áreas do conhecimento que lhe são correlatas. Neste sentido, aspectos informacionais tangenciam com processos da psicologia cognitiva a fim de desvendar os “mecanismos” da mente humana sob o ponto de vista social ao qual se apresentam. Assim, a terapia Cognitiva baseia-se no pressuposto teórico de que os afetos e os comportamentos de um indivíduo são determinados em grande medida pelo seu modo de estruturar o mundo. Isto quer dizer que a visão que temos do mundo, influencia a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos diante da vida.A Terapia Cognitiva tem suas origens em correntes filosóficas e religiões antigas como o Estoicismo grego, Taoísmo, Budismo que postulavam a influência das idéias sobre nossas emoções.

Historicamente a Terapia Cognitiva teve como precursora a Terapia Racional-Emotiva de Ellis, mas foi Aaron T. Beck que lhe deu os contornos atuais. ( RANGÉ 2001 a ).

De acordo com BECK et al. (1997a), nossos pensamentos agem diretamente na forma como nos sentimos e agimos, sendo assim, uma das formas de melhorarmos nosso estado de humor é controlarmos nossos pensamentos, no sentido de que exerçam um efeito realista sobre a forma como nos sentimentos perante a nós mesmos, ao mundo e ao nosso futuro (tríade cognitiva).

A forma como percebemos e avaliamos os acontecimentos externos e internos a nós, irá determinar a forma como iremos nos sentir e conseqüentemente agir perante esses acontecimentos.

A forma de enxergarmos o mundo irá determinar a forma que nos sentimos e agimos.

Pensamentos distorcidos devem ser corrigidos e controlados, e pensamentos realistas que acarretam em sentimentos desagradáveis devem ser submetidos a uma busca por solução de problemas Observando e descrevendo as emoções que sentimos, e fazendo uma conexão entre o que sentimos, e o que previamente a esses sentimentos, pensamos, podemos buscar fazer uma avaliação realística de nossos pensamentos, para que assim confrontemos nossos pensamentos distorcidos e sentimentos desagradáveis gratuitos, e os substituímos por pensamentos mais condizentes com a realidade.

Crenças são “certezas” que construímos ao longo da vida, através da nossas experiências sendo que algumas podem nos condicionar, como por exemplo: Tenho que ser perfeito; Sou um incapaz; O mundo é perigoso. “A forma como compreendemos nossos problemas tem um efeito em como lidamos com eles” (GREENBERGER & PADESKY, 1999, P.13).

Nossas crenças, principais sistemas de avaliação da tríade cognitiva, e mais profundamente arraigadas e previamente estabelecidas mediante aprendizado, determinam nossos pensamentos automáticos, pensamentos estes a quais não fazemos nenhum tipo de avaliação realista, simplesmente os sentindo quando nos remetemos a algum estímulo que de algum modo faça parte do modelo em que aprendemos previamente e estabelecemos a crença. “Não nos apercebemos dos pensamentos que direcionam nosso comportamento, porque nossas ações tornaram-se rotina. Entretanto, quando decidimos mudar ou aprender um novo comportamento, nossos pensamentos podem determinar se e como essa mudança ocorrerá” (GREENBERGER & PADESKY, 1999,P.25).

As técnicas psicoterápicas da Terapia Cognitiva auxiliam a identificar, avaliar, controlar e a modificar as crenças que comandam a visão de mundo e que podem ser disfuncionais. Assim, o terapeuta cognitivo deve fazer perguntas a respeito de cinco aspectos da vida do paciente: pensamentos (crenças, imagens, lembranças), estados de humor, comportamentos, reações físicas e ambiente (passado e presente), visto que essas áreas estão interligadas, de tal forma que cada aspecto diferente de sua vida influenciará todos os outros e que pequenas mudanças em qualquer área de sua vida, certamente acarretará mudanças nas demais.

                                    Profa Dra Edna Paciência Vietta Psicóloga

                                    Cognitivo-comportamental Ribeirão Preto

Fobia Social: Característica e tratamento indicado

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                                                     Fobia Social: Característica e tratamento indicado
Segundo C.J Ballone, a fobia é um sentimento de medo, injustificado e desproporcional, que se intromete persistentemente no campo da consciência e se mantém ali, independentemente do reconhecimento de seu caráter absurdo. A Fobia Social (FS) caracteriza-se por um medo intenso e persistente de uma ou mais situações sociais, nas quais o indivíduo é exposto a pessoas estranhas ou a uma possível avaliação pelos outros. Nestas circunstâncias, acredita que possa fazer algo que lhe seja humilhante ou vergonhoso ou demonstrar sintomas de ansiedade. As situações sociais ou de desempenho temidas são evitadas ou suportadas com intensa ansiedade ou sofrimento que acabam interferindo significativamente na rotina, no funcionamento ocupacional, nas atividades sociais ou nos relacionamentos interpessoais. Fobia social é o excesso de ansiedade ou medo persistente de situações nas quais se acredita que se possa ser avaliado enquanto desempenha alguma tarefa comum, como por exemplo, comer, escrever, falar, entre outras coisas, a ponto de impedir de executar ou dificultar grandemente a realização dessa atividade. Há a crença de que se possa comportar de maneira humilhante ou vergonhosa. É natural sentir-se acanhado ou incomodado quando se é observado. Todos nós somos um pouquinho tímido, ansiosos e inseguros em certos ambientes e diante de estranhos ou pessoas que acabamos de conhecer. Esse grau de timidez varia de pessoa para pessoa de acordo com a situação. Embora seja normal ficarmos pouco à vontade nessas ocasiões, a tendência é de vencermos a inibição inicial e irmos familiarizando com a situação e entrosando com as pessoas. Alguns não conseguem isso, evitam certas situações a todo custo. A intensidade da ansiedade nas pessoas com fobia social é desproporcional ao nervosismo que a mesma situação surtiria em outras pessoas sem esse diagnóstico. Em função disso, elas se apavoram só de pensar em determinadas situações e por isso passam a se esquivar delas podendo sofrer perdas pessoais e profissionais, chegando ao extremo de evitar qualquer contato social. Como qualquer transtorno de ansiedade os sintomas são aqueles típicos de qualquer manifestação de ansiedade. O que caracteriza particularmente esse transtorno é o desencadeamento dos sintomas de ansiedade sempre que o fóbico social é exposto à observação de outros (e portanto sente-se julgado) enquanto executa uma atividade. As reações mais observadas são: taquicardia, tremores, sudorese, boca seca, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, ondas de calor, rubor, dor de barriga, diarréia, incontinência urinária, tonteiras, falta de ar, mãos geladas, ataque de pânico. Durante a situação social a ansiedade tende a persistir levando a pessoa a enfrentar níveis altos de sofrimento. Quando sai da situação, a ansiedade tende a diminuir significativamente, o que reforça tendências de fuga e evitação de novas situações. A própria expectativa de ter que enfrentar situações sociais já pode ativar ansiedade, levando a pessoa a evitar estas situações temidas. Este comportamento de evitação pode ir limitando significativamente a vida da pessoa. O tratamento da fobia social é basicamente realizado com medicamentos e psicoterapia. O tratamento medicamentoso engloba o uso de antidepressivos, inibidores de recaptura de Serotonina ( ISRS). Os Benzodiazepínicos, também são eficazes, embora devam ser utilizados com cautela, devido ao risco de dependência e comprometimento da memória no longo prazo. A Buspirona também é utilizada para potencializar o tratamento com (ISRS)betabloqueadores, . Os betabloqueadores também são administrados com o objetivo de diminuir os tremores, taquicardia e sudorese em situações específicas, do tipo: ter que falar em público ou assinar um cheque. A terapia cognitivo-comportamental é a mais estudada e utilizada em nosso serviço. Entre elas temos a exposição, em que o paciente é encorajado a enfrentar de forma gradual e progressiva as situações temidas e evitadas, o treino de habilidades sociais, no qual o paciente desenvolve um repertório maior de habilidades que não havia aprendido quando criança ou adolescente. Isto inclui a expressão adequada de sentimentos conhecido como treino de auto-afirmação ou assertividade, e a reestruturação cognitiva, em que as distorções do pensamento (pensamento disfuncional) são questionadas e corrigidas através das intervenções do terapeuta.

Profa Dra Edna Paciência Vietta

Psicóloga Cognitivo-comportamental- Ribeirão Preto

Fobia Social: é preciso vencê-la

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Fobia Social: é preciso vencê-la

No mundo, o contingente de tímidos soma a 48%, com tendência a crescimento. Todos nós podemos ser tímidos, em algum grau. E isto pode não ser problema enquanto não interferir em nosso crescimento pessoal, profissional e social.

É natural sentir-se incomodado, retraído, envergonhado ou pouco à vontade quando se é observado. Esse grau de timidez varia de pessoa para pessoa de acordo com a situação.

Embora seja normal ficarmos pouco à vontade em certas ocasiões sociais, a tendência é irmos gradativamente familiarizando com a situação. Algumas pessoas, no entanto, não desenvolvem ou perdem esta habilidade social e passa evitar, a todo custo, certas situações comuns às demais pessoas.

A Timidez passa ser patológica a partir do momento em que a pessoa sofre algum prejuízo pessoal como, deixar de manifestar opinião em grupo, passar a isolar-se socialmente, abandonar a faculdade por medo de se expor publicamente, perder oportunidades de negócios, faltar a compromissos, fracassar na profissão, no emprego ou nas relações sociais e afetivas, etc.

A Fobia Social é um Transtorno de Ansiedade de evolução crônica, além de ser reconhecida como passível de acarretar prejuízos graves em diferentes áreas da vida do indivíduo, como trabalho, escola, atividades sociais, etc.

A pessoa Fóbica socialmente reconhece que seu medo é irracional, no entanto, sempre que entra em contato com a situação temida, não consegue evitar, sente-se incomodada e ansiosa. O que provoca essa reação é a o alto nível de ansiedade pela intensidade de pensamentos negativos e avaliação disfuncional que a pessoa faz de si.

As situações sociais nas quais essas pessoas são afetadas são as seguintes: encontrar-se com pessoas desconhecidas pelas quais se sentem atraídas ou inferiores, no meio de estranhos ou com pessoas pouco chegadas, andar a sós na rua, falar em público, viajar de ônibus, metrô ou outro meio de transporte público; comer ou beber em restaurantes ou outro lugar público; participar de festas; olhar as pessoas nos olhos; iniciar conversa; ser apresentada a outras pessoas; fazer chamadas telefônicas; estar em espaço fechado ou onde há muita gente; dar ou aceitar cumprimentos; medo de atender pessoas no portão/porta (ou portaria); medo de ir ao barbeiro, cabeleireiro, hospital… Com o tempo a pessoa Fóbica Social pode vir a se isolar de tudo, podendo perder toda habilidade social.

A Fobia Social pode ser generalizada se os medos são experimentados na quase totalidade das situações sociais ou específica, se a ansiedade é experimentada apenas em determinadas situações sociais: medo de andar de avião, medo de andar de elevador, medo de altura, medo de lugares fechados, etc.

Os fóbicos sociais apresentam hipersensibilidade à criticas, avaliação negativa a respeito de si mesmo, sentimentos de inferioridade, baixa auto-estima, dificuldade em dizer não.

As reações mais observadas em situação desencadeadoras de Fobia Social são: taquicardia, tremores, sudorese, boca seca, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, ondas de calor, rubor, dor de barriga, diarréia, tonteiras e, sobretudo, mãos geladas e em casos mais graves, lapsos de memória e oscilações no tom da voz, enquanto a pessoa desempenha alguma tarefa comum, como comer, escrever, falar, sobretudo, em casos mais graves, hiperventilação (falta de ar) e Crises de Pânico.

Diante da exposição, a pessoa com Fobia Social busca fugir ou evitar a situação temida como puder. Há também a preocupação por antecipação de situações onde estará sob a apreciação alheia, despertando a ansiedade antecipatória, resultando em sofrimento dias antes do evento, podendo interferir no sono, na concentração, no humor e no apetite.

As causas mais comuns são: pais tímidos ou Fóbicos Sociais; falta do treinamento ou do desenvolvimento das habilidades sociais; Bullying; vivência de experiências marcantes de rejeição e sofrimento no relacionamento interpessoal; situação constrangedora ou humilhação que a pessoa tenha passado.

A Fobia Social não melhora sozinha e alguns pacientes passam a abusar das bebidas, para diminuir as sensações de desconforto. contudo, o consumo excessivo de álcool pode acelerar os sintomas ansiosos, estabelecendo um círculo vicioso de ansiedade e alcoolismo.

O tratamento da Fobia Social é realizado basicamente de duas maneiras: com medicamentos e psicoterapia.

Profa. Dra. Edna Paciência Vietta

Psicóloga Ribeirão Preto

SOCIAL PHOBIA : MUST win it

Social Phobia : we must win it

Worldwide, the number of timid sum to 48 % , with a tendency to increase . All we can be shy in some degree . And this may not be a problem as not to interfere in our personal growth , professional and social .

It is natural to feel troubled , withdrawn, embarrassed or uncomfortable when it is observed . This degree of shyness varies from person to person according to the situation .

Although usually we get uncomfortable in certain social situations , the tendency is to go gradually familiar with the situation . Some people , however , do not develop this skill or lose social and passes to avoid , at all costs , certain situations common to others .

Shyness becomes pathological is the moment in which a person suffers personal injury as only express opinion in a group, move to isolate themselves socially , drop out of college for fear of being exposed publicly , lost business opportunities , miss commitments , failing in the profession , employment or social relationships and affective , etc. .

Social Phobia Anxiety Disorder is a chronic course , and is recognized as capable of causing severe damage in different areas of functioning such as work, school , social activities , etc. .

The person Phobic socially recognizes that their fear is irrational, however , when it comes in contact with the feared situation , can not prevent them, sit up troubled and anxious. What causes this reaction is the high level of anxiety by the intensity of negative thoughts and dysfunctional assessment that the person is you.

Social situations in which these people are affected are the following : meet unknown people why they feel attracted to or lower among strangers or people just arriving , walking alone in the street , public speaking , traveling by bus , subway or other public transportation , eating or drinking in restaurants or other public place ; attend parties ; look people in the eyes, initiate chat , be introduced to other people , making phone calls , being in a confined space or where heavy people , giving or accepting compliments ; afraid to meet people at the gate / door ( or ordinance ) ; afraid to go to the barber , hairdresser , hospital … Over time the social Phobic person can come to get away from everything and can lose all social skills .

Social phobia can be generalized if the fears are experienced in almost all social situations or specific , if anxiety is experienced only in certain social situations : fear of flying , fear of riding the elevator , fear of heights , fear of places closed, and so on.

Social phobics exhibit hypersensitivity to criticism , negative evaluation about oneself , feelings of inferiority , low self -esteem , difficulty in saying no .

The reactions observed in most situation that caused the Social Phobia are: tachycardia, tremors , sweating , dry mouth , feeling of lump in the throat , difficulty speaking , hot flashes , flushing , stomach ache , diarrhea , urge to pee , dizziness and especially cold hands and in more severe cases , memory lapses and fluctuations in tone, while the person performs some common task such as eating, writing, speaking , especially in more severe cases , hyperventilation ( shortness of breath ) and Panic attacks .

Before exposure , the person with Social Phobia looking to escape or avoid the feared situation as you can. There is also concern by anticipating situations which will be under the consideration of others , arousing anticipatory anxiety , resulting in pain days before the event , and may interfere with sleep, concentration , mood and appetite .

The most common causes are: parents shy or Social Phobic , lack of training or social skills development ; Bullying ; experience of remarkable experiences of rejection and suffering in interpersonal relationships ; embarrassing or humiliating the person has passed.

Social Phobia alone does not improve and some patients are abusing the drinks , to decrease feelings of discomfort. However , excessive consumption of alcohol can accelerate anxious symptoms , establishing a vicious circle of anxiety and alcoholism.

Treatment of Social Phobia is done basically in two ways : with medications and psychotherapy .

Professor . Dr. Edna Patience Vietta

Psychologist Ribeirão Preto

Bases Química da Depressão

Bases Química da Depressão

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Bases Químicas da Depressão

Quimicamente, a depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como a serotonina, dopamina e endorfina, que dão a sensação de conforto, prazer e bem estar. Quando existe algum problema nesses neurotransmissores, a pessoa começa a apresentar sintomas como desânimo, tristeza, autoflagelamento, perda do interesse sexual, falta de energia para atividades simples.

Quimicamente, a depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores responsáveis pela produção de neurotransmissores como a Serotonina e Endorfina, substâncias produzidas pelo nosso próprio organismo e que nos dão a sensação de conforto, prazer e bem estar.

A depressão nesta teoria é uma disfunção que ocorre na transmissão dos impulsos de uma célula nervosa para outra. Nesse caso, os neurotransmissores, como a noradrenalina e a serotonina – substâncias químicas usadas na comunicação entre os neurônios existem em quantidades alteradas.

Endorfina e Serotonina são neurotransmissores. As Endorfinas são produzidas na glândula hipófise, no cérebro, o neurotransmissor entra em cena em situações que causam bem-estar e relaxamento, como praticar exercícios aeróbicos e comer coisas gostosas. Ela produz euforia e sensação de prazer que invadem todo o organismo. Já a Serotonina é produzida a partir de um aminoácido chamado Triptófano pela glândula pineal, no cérebro. Enquanto a serotonina regula os estados emocionais a produção irregular de serotonina pode levar a estados depressivos e ansiosos.

A serotonina controla também o apetite, sono, libido e dor.

Praticar esportes e ter uma dieta rica em alimentos com triptófano são ótimos para regular a produção de serotonina e, portanto, aumenta a sensação de bem-estar e tranqüilidade.

Em geral, os indivíduos depressivos têm níveis baixos de serotonina no sistema nervoso central. Neste caso, existem medicamentos inibidores da recaptação de serotonina pelos neurônios, resultando em maior disponibilidade deste neurotransmissor na fenda sináptica.

Um certo número de alimentos, como bananas, tomates, abacaxi, ameixa, nozes, peru, presunto, leite, queijo, chocolate e o vinho são ricos no precursor da serotonina.

Embora seja certo que as endorfinas não possam ser consideradas uma panacéia universal, não se deve fazer delas as “pílulas do êxtase” como alguns talvez deseja, no entanto, sua descoberta em nosso organismo, abre novas perspectivas sobre a ligação corpo-espírito, com conseqüências indiretas sobre a compreensão do bem estar obtido através da ação da oração, do jejum e do louvor.

Acredita-se, porém, que a endorfina traga uma série de benefícios ao organismo, ajudando a melhorar a memória e o estado de espírito, além de aliviar as dores e aumentar a resistência dos praticantes dos mais variados esportes. Seu benefício à saúde leva muitos médicos a prescrever exercícios físicos para os pacientes que sofre de depressão ou insônia.

As endorfinas produzem em nosso cérebro sensações muito similares às da morfina, ópio e a heroína, mas logicamente sem os efeitos indesejados e negativos destas drogas.

Existem cerca de 20 tipos diferentes de endorfinas, aquelas que se encarregam de transmitir comunicações entre os neurônios. Estas substâncias químicas naturais produzem uma analgesia natural e estimulam os centros de prazer do cérebro que nos dão sensação de felicidade e aliviam as dores e o mal estar. Mas as endorfinas têm uma vida curta, já que certas enzimas de nosso organismo as ‘destroem’. Deste modo se mantém um equilíbrio interior em nosso corpo.

As endorfinas melhoram nossa memória, nosso estado de espírito, aumentam a resistência às doenças, a disposição física, o sistema imunológico, bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos, tem efeito antienvelhecimento, aliviam as dores.

A boa notícia é que é possível aumentar a produção de endorfinas no nosso organismo.

Vamos dar algumas dicas: orar, louvar, sorrir, amar, meditar, perdoar, fazer o bem, ler um bom livro, fazer amor, ouvir uma boa música, ter a sensação de dever cumprido, dormir bem, comer com moderação, conseguir se controlar, ter amigo, fazer uma boa ação, ter fé, cumprir compromissos, reunir com amigos, pensar positivo, ser menos crítico,passear, viajar, etc.

Profa. Dra.Edna Paciência Vietta
Psicóloga Ribeirão Preto

Chemical Basis of Depression

Chemically , the depression is caused by a defect in the neurotransmitters responsible for producing hormones like serotonin , dopamine and endorphins , which give the feeling of comfort, pleasure and wellness. When there is a problem in these neurotransmitters , the person begins to experience symptoms such as depression , sadness , autoflagelamento , loss of sex drive , lack of energy for simple activities .

Chemically , the depression is caused by a defect in the neurotransmitters responsible for the production of neurotransmitters such as Serotonin and Endorphins , substances produced by our own body and that give us a feeling of comfort , pleasure and wellness.

Depression this theory is a dysfunction which occurs in the transmission of impulses from one nerve cell to another. In this case, neurotransmitters such as noradrenaline and serotonin – chemicals used for communication between neurons in amounts are changed.

Endorphin and serotonin are neurotransmitters . The Endorphins are produced in the pituitary gland in the brain , the neurotransmitter comes into play in situations that cause well- being and relaxation , how to practice aerobic exercises and eat delicious things . It produces euphoria and sense of pleasure that invade the entire organism . Serotonin is already produced from an amino acid called tryptophan by the pineal gland in the brain. While serotonin regulates emotional states the irregular production of serotonin can lead to depressive and anxious states .

Serotonin also controls appetite , sleep , libido and pain .

Playing sports and having a diet rich in foods with tryptophan are great to regulate the production of serotonin and , therefore, increases the sense of well -being and tranquility .

In general, the depressives have low levels of serotonin in the central nervous system. In this case , there are inhibiting drugs serotonin reuptake by neurons , resulting in greater availability of this neurotransmitter in the synaptic cleft .

A number of foods, such as bananas, tomatoes , pineapple , prunes , walnuts, turkey, ham, milk, cheese , chocolate and wine are rich in serotonin precursor .

While it is true that endorphins can not be considered a universal panacea , not to do them the ” ecstasy pills ” as some might wish , however , its discovery in our body , opens up new perspectives on the mind – body connection , with indirect consequences on the understanding of well-being achieved through the action of prayer, fasting and praise .

It is believed , however, that the endorphin bring a number of benefits to the body , helping to improve memory and mood , and relieve pain and increase the resistance of practitioners of various sports. Your health benefit leads many doctors to prescribe exercise to patients suffering from depression or insomnia .

Produce endorphins in our brain sensations very similar to morphine , opium and heroin , but of course without the unwanted and negative effects of these drugs .

There are about 20 different types of endorphins , those who are responsible for transmitting communication between neurons . These natural chemicals produce a natural analgesic and stimulate the pleasure centers of the brain that give us feeling of happiness and relieve pain and discomfort . But endorphins are short-lived , since certain enzymes in our body to ‘ destroy ‘ . Thus maintaining an inner balance in our body .

Endorphins improve our memory , our mood , increase resistance to disease , the physical , the immune system , block the blood vessel lesions , has anti-aging effect , relieve pain .

The good news is that it is possible to increase the production of endorphins in our body .

Let’s take some tips : prayer, praise , smile, love , meditate , forgive, do good , read a good book , make love , listen to good music, have a sense of accomplishment , sleep well , eat in moderation , can be control , have friends , do a good deed , to have faith , fulfill commitments , meet with friends , think positive , be less critical , sightseeing , travel, etc. .
Professora.Dra. Dra.Edna Vietta Vietta
Psychologist Ribeirão Preto

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Diferentes Modelos Comportamentais

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                                              Diferentes Modelos Comportamentais

     As terapias designadas como terapias cognitivo-comportamentais (TCC) constituem uma integração de conceitos e técnicas cognitivas e comportamentais e não comportamentais. A TCC é uma abordagem “eclética” ao integrar conceitos e técnicas de abordagens diferentes tanto no que se refere aos pressupostos teóricos quanto na forma como se dá a prática psicoterápica. No entanto, o modelo cognitivo implica uma decisão teórica: requer entrar no estudo da problemática humana através de um modelo e uma metodologia cognitiva, no qual se vai priorizar o fenômeno cognitivo sobre qualquer outro, sempre ressaltando a influência do cognitivo sobre os demais. Porém, priorizar não significa desconsiderar outros modelos senão tomar uma dada posição teórica, ou seja, o Modelo Teórico é uma opção a priori que uma vez tomada nos obriga a sermos coerentes com ela.
Até a década de 50, o termo mais empregado para se referir a procedimentos de intervenção frente ao comportamento humano, baseados nos pressupostos teóricos do behaviorismo e nos conhecimentos empíricos produzidos pela análise experimental do comportamento, foi “modificação do comportamento” (Kazdin, 1978). Sua origem está relacionada a três fatos principais: as pesquisas fisiológicas realizadas na Rússia, desde o final do século XIX, o surgimento do behaviorismo nos Estados Unidos em 1913, e os avanços obtidos com o desenvolvimento da Psicologia da aprendizagem. Mas foi a partir dos anos 40 que a modificação do comportamento teve seu maior impulso, relacionado, em parte, pela insatisfação de muitos psicólogos com a psicoterapia tradicional vigente, fortemente influenciada pela psicanálise e carente de estudos que comprovassem sua eficácia (Kazdin, 1978).
No final dos anos 60, predominava uma avaliação paradoxal da terapia comportamental, coexistindo um interesse geral pelas suas técnicas, de eficácia cada vez mais comprovada, e um desinteresse ou insatisfação dos novos terapeutas comportamentais pela teoria behaviorista. Tal situação tornou-se, então, propícia para a inserção de outras teorias e técnicas no campo da terapia comportamental, gerando distintos modelos de análise, intervenção e propostas para a adoção de um ecletismo teórico como a melhor alternativa para aqueles que desenvolviam uma prática clínica comportamental (Lee, 1992).
Existem diferentes modelos terapêuticos comportamentais: São exemplos, a Psicoterapia Funcional-Analítica (Kohlenberg & Tsai, 1991), a Terapia da Aceitação e Compromisso (Hayes, Strosahl & Wilson, 1999), a Terapia Racional-Emotiva-Comportamental (Ellis & Dryden, 1997; Ellis & Greiger, 1977) e a Terapia Cognitiva (Beck, Rush, Shaw & Emery, 1979/1982), a Terapia por Contingências de Reforçamento (Guilhardi, 2004), dentre outras. Parece-nos mais adequado, portanto, tratar a terapia comportamental como um campo mais amplo, constituído de propostas terapêuticas mais ou menos fundamentadas na tradição behaviorista (Franks, 1996; Krasner, 1969).
Ellis e Beck, por exemplo, não eram terapeutas comportamentais, mas treinados anteriormente sob o enfoque psicanalítico. De acordo com Wilson (1978), esse termo foi usado pela primeira vez numa convenção em Nova York, em abril de 1976. Posteriormente, a proposição de uma categoria de terapias cognitivo-comportamentais teve como função identificar um grupo de terapias que associavam uma perspectiva teórica enfática quanto ao papel dos processos cognitivos na mediação do comportamento ao uso de estratégias terapêuticas comportamentais (Dobson & Block, 1988; Shinohara, 1997).
Por se tratar de um conjunto heterogêneo, Mahoney e Arnkoff (1978) sugeriram a classificação das terapias cognitivo-comportamentais em três grupos, de acordo com sutis diferenças quanto aos seus objetivos: a) As terapias de habilidades para o enfrentamento, cujo foco está nas formas pelas quais o cliente poderá minimizar os efeitos negativos de eventos externos; b) As terapias de resolução de problemas, mais voltadas para o ensino de estilos de reação e estratégias de produção de um maior número de alternativas possíveis para a solução de problemas; e c) As técnicas de reestruturação cognitiva, cujo alvo é a mudança de pensamentos perturbadores.
Há também grande diversidade de técnicas empregadas, indo desde técnicas projetivas, até técnicas computadorizadas de avaliação de medidas relacionadas à atividade cognitiva. Destacam-se ainda, os procedimentos de investigação imaginativa, de condicionamento encoberto, de confrontação e reestruturação de crenças disfuncionais, correções verbais de visões e/ou processos distorcidos e questionamento socrático, dentre outras (Dobson, 1988; Sweet & Loizeaux, 1991).

 Profa. Dra. Edna Paciência Vietta
Psicóloga Cognitivo-comportamental

Barbosa, J.I.C , Barbosa, A. Rev. Bras. de Terapia Comportamental e Cognitiva, Campinas-SP, 2010, Vol. XII, nº 1/2, 60-79.

Kazdin, C. M. (1978). History of behavior modification: Experimental foundations of contemporary research. Baltimore:

University

Park Press.

 

Lee, C. (1992). On cognitive theories and causation in human behavior. Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry, 23 (4), 257-268.

Kohlenberg, R. J., Tsai, M., Dougher, M. J. (1993). The dimensions of clinical behavior analysis. The Behavior Analyst, 16, 271-282.

Hayes, S. C., Strosahl, K. D. & Wilson, K. G. (1999). Acceptance and commitment therapy:An experiential approach to behavior change. New York: The Guilford Press.

Ellis, A. & Dryden, W. (1997). The practice of rational-emotive behavior therapy. New York: Springer Publishing Company.

Ellis, A. & Greiger, R. (1977). Handbook of rational-emotive therapy. New York: Springer.

Beck, A. T.; Rush, A. J., Shaw, B. F. & Emery (1982). Terapia cognitiva da depressão. Rio de janeiro: Zahar Editores. Publicado originalmente em 1979.

Guilhardi, H. J. (2004). Terapia por contingências de reforçamento. Em: C. N. de Abreu, e H. J. Guilhardi (Eds.). Terapia comportamental e cognitivo comportamental: Práticas clínicas. São Paulo: Roca.

Franks, C. M. (1996). Origens, história recente, questões atuais e estados futuros da terapiacomportamental: Uma revisão conceitual. In: V. E. Caballo (Org.), Manual de técnicasde terapia e modificação do comportamento (pp. 3-22). Campinas: Editorial Psy.

Krasner, L. (1969). Behavior modification – values and training: The perspective of a psychologist. In C. M. Franks (Ed.) Behavior therapy: appraisal and status (pp. 537- 566). New York: McGraw-Hill.

Dobson, K. S. & Block, L. (1988). Historical and philosophical bases of the cognitive behavioral therapies. In K. S. Dobson (Ed.) Handbook of cognitive-behavioral therapies (pp. 1-38). New York: The Guilford Press.

Shinohara, H. O. (1997). Conceituação da terapia cognitivo-comportamental. In: R. A. Banaco (Org.), Sobre comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista (pp. 1-5). São Paulo: ARBytes.

Mahoney, M. J. & Arnkoff, D. B. (1978). Cognitive and self-control therapies. In: S. L. Garfield & A. E. Bergin (Eds.), Handbook of psychotherapy and behavior change: An empirical analysis (pp. 689-722). New York: Wiley.

Dobson, K. S. (1988). The present and future of the cognitive-behavioral therapies. In K. S. Dobson (Ed.) Handbook of cognitive-behavioral therapies (pp. 387-414). New York: The Guilford Press.

Sweet, A. A. & Loizeaux, A. L. (1991). Behavioral and cognitive treatment methods: A critical comparative review. Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry, 22 (3), 159-185.

Síndrome de Hiperventilação e Síndrome do Pânico

Síndrome de Hiperventilação e Síndrome do Pânico

                          SÍNDROME DE HIPERVENTILAÇÃO E SÍNDROME DO PÂNICO

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                              Síndrome de Hiperventilação e Síndrome do Pânico

Há muitas evidências de que, durante o ataque de pânico, a estimulação respiratória seja um evento comum em pacientes com Transtornos do Pânico. Certas anormalidades respiratórias, tais como o aumento da sensibilidade ao CO2 e respiração torácica, foram detectadas em pacientes com transtorno de pânico, parecendo haver uma anormalidade básica nos mecanismos fisiológicos que controlam a respiração desses pacientes.

Evidências sugerem que a fisiologia respiratória continua normal em pacientes com transtorno de pânico e que sua tendência a hiperventilar e a reagir com pânico em resposta a estimulantes respiratórios como o CO2 é na verdade a ativação de um circuito do medo hipersensível. (Meuret AE, Rosenfield D, Hofmann SG, Suvak MK, Roth WT, 2009).

Os sintomas da Sindrome da hiperventilação e a Síndrome do pânico se sobrepõem consideravelmente, embora as duas condições sejam distintas.Aproximadamente 50% dos pacientes com distúrbio do pânico e 60% dos pacientes com agorafobia (comportamento de evitar lugares ou situações onde o escape seria difícil caso se tenha uma crise de pânico ou algum mal-estar ou embaraço), manifestam hiperventilação como parte de seus sintomas, enquanto que apenas 25% dos pacientes com SHV manifestam doença do pânico. A verdade é que diante de qualquer ameaça, situação estressante ou percebida como tal, o corpo reage com alterações fisiológicas, com o objetivo de criar condições físicas necessárias para enfrentar o problema ou fugir dele. Contudo, no TP, o indivíduo não percebe assim, assimilando equivocadamente os sintomas emergentes como algo grave. Em conseqüência dessa cognição distorcida, o indivíduo pode inclusive desenvolver complicações do transtorno de pânico. Um exemplo é a hipocondria, transtorno caracterizado pela preocupação e medo excessivos de adquirir uma doença séria (Barsky et al., 1998).

O transtorno de pânico (TP) caracteriza-se por ataques agudos de ansiedade freqüentes e recorrentes. A atual concepção para o TP realça o medo das sensações corporais a partir do momento em que o indivíduo associa de forma equivocada as sensações físicas que se apresentam como sendo prenúncio de uma doença grave e/ou morte iminente, não conseguindo interpretá-las como mecanismos fisiológicos naturais.

Hiperventilação também chamado de Overbreating é quando uma pessoa está com a respiração mais rápida e mais profunda do que o normal. A hiperventilação pode ser uma sensação assustadora. Quando a pessoa hiperventila, seu coração bate mais rápido, provocando palpitação e a sensação de que lhe falta ar. Conseqüentemente o nível de gás carbônico no sangue e no cérebro cai, provocando os seguintes sintomas: palpitação, sensação de falta de ar, formigamento e dormência em pernas, braços e lábios, sensação de morte iminente e, algumas vezes, perda de consciência (desmaio). Os sintomas geralmente duram de 20 a 30 minutos, mas para a pessoa a sensação é de horas.

Apesar de assustar, a hiperventilação não costuma ser perigosa. A síndrome da hiperventilação observada durante ataques de pânico pode se manifestar de forma aguda ou crônica. Nessa perspectiva, acredita-se que problemas respiratórios causem surtos de hiperventilação e alcalose respiratória, desencadeando vários sinais e sintomas somáticos que, por sua vez, geram medo e ansiedade.

Estudos mostram que pacientes com transtorno de pânico, tiveram ataque de pânico após a hiperventilação induzida. A hiperventilação por estresse gera sintomas freqüentemente interpretados como risco de morte. A interpretação equivocada desses sintomas aumenta o medo e ativa o sistema nervoso autônomo, aumentando a freqüência respiratória, o que causa maior redução de CO2 que leva a um ataque de pânico. Assim, estudos confirmam haver conexão entre o pânico e a respiração podendo ser esse o ponto de partida para novos estudos do transtorno de pânico e seu tratamento.

Antes de qualquer intervenção psicológica se faz imprescindível a avaliação médica para se excluir todas as possibilidades da presença de problemas clínicos que possam gerar sintomas similares aos de ataque de pânico.

Na Terapia cognitivo-comportamental o paciente é orientado a melhorar sua respiração e a exercitar técnicas específicas com vistas a diminuir a hiperventilação, além de receber psicoeducação apropriada sobre seu Transtorno, estratégias de enfrentamento, de modo a tranqüilizá-lo quanto ao controle dos sintomas e sensações corporais.

Outras técnicas como exposição in vivo (expor o paciente gradativamente a situações agorafóbicas) também fazem parte das estratégias.

A Terapia cognitiva objetiva levar os indivíduos a identificarem com clareza seus pensamentos e a entender a que emoções e comportamentos estão interligados. À medida que o paciente compreende esses mecanismos, torna-se mais fácil desfazer e corrigir a cognição distorcida.

A terapia cognitivo-comportamental é uma modalidade eficaz de tratamento de pacientes com Transtorno de Pânico, tanto como uma terapia de primeira linha, como uma estratégia para pacientes que não respondam à medicação, ou como na maioria das vezes combinado com a terapia farmacológica.

                                                          Profa. Dra. Edna Paciência Vietta

                                       Psicóloga cognitivo-comportamental / Ribeirão Preto

                                                                  edna_vietta@hotmail.com

 pensamentos

Transtorno de Humor Bipolar: importância do diagnóstico diferencial

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Transtorno de Humor Bipolar: importância do diagnóstico diferencial

Transtorno de Humor Bipolar é uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de fases de depressão e de exaltação ou euforia. Quando eufórica, a pessoa apresenta modificações na forma de pensar, sentir e agir.  O paciente Bipolar vive num ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes consumindo tudo o que vê pela frente.

O Transtorno Bipolar é uma doença recorrente, crônica e grave que causa impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, além de causar grande carga emocional para seus familiares, amigos e colegas de trabalho.

Em geral é normal a pessoa ficar alegre, até eufórica, com uma promoção no emprego, uma conquista amorosa, o nascimento de um filho e outras situações agradáveis. Também é esperado que a pessoa normal experimente tristeza e sofrimento depois de um rompimento amoroso, uma doença ou morte de pessoa querida, a perda do emprego, situações envolvendo dificuldades financeiras, etc. Isso não tem nada a ver com Transtorno Bipolar. Na verdade, é comum o ser humano apresentar alguma alteração de humor, nosso humor não é constante, variando de acordo com as situações que vivenciamos no dia-a-dia. Em alguns dias estamos mais tristes e em outros mais alegres.

O que diferencia uma pessoa com Transtorno de Humor Bipolar daquela com flutuações normais do humor é a intensidade destas oscilações. Assim, devemos levar em conta que este distúrbio não consiste apenas de meras “altas e baixas oscilações de humor”. Mudanças de humor no Distúrbio Bipolar são mais extremas e mais duradouras que aquelas experimentadas pelas demais pessoas. É na diferença de freqüência, desproporção e inadequação entre as circunstâncias e o tipo de reações manifestas diante de fatos e situações ambientais que podemos apreender os sinais da presença do Transtorno. Por exemplo, a pessoa está alegre e eufórica, quando nada ao redor justifica tais sentimentos. Seus pensamentos ficam acelerados e desorganizam-se de tal modo que os assuntos surgem em tumulto e é difícil acompanhar sua linha de raciocínio, a pessoa torna-se inadequada, faz observações inoportunas, e causa desconforto no ambiente.

Para quem tem Distúrbio Bipolar, momentos de estabilidade podem ser raros, mas, também, podem variar muito em freqüência e intensidade. Na oscilação de fases entre Depressão é Euforia pode haver momentos de estabilidade (Eutimia) onde o paciente pode se apresentar de forma natural. O paciente Bipolar pode, ainda, apresentar somente episódios de depressão ao longo da vida (daí o problema do diagnóstico) ou somente episódios de euforia (o que, às vezes, leva os familiares a achar que tais reações são próprias da personalidade do indivíduo). Há estudos que inclui ainda, na transição entre as fases de Mania e a Hipomania, a fase de Hipertermia, uma forma de mania mais leve que as outras duas (ânimo um pouco acima do normal), também, inadvertidamente, confundida com extroversão ou algo próprio da pessoa. Podemos identificar, também, dentro do quadro de humor bipolar, um espectro entre vários níveis ou graus de Manias (euforia) e Depressão. Numa linguagem mais simples: existem estados de humor “intermediários”, e talvez, únicos para cada paciente, isto é, nem todo paciente Bipolar irá ter oscilações profundas e completas do humor (num extremo entre mania e depressão), podendo oscilar, entre severa Mania a Hipomania e entre moderada Depressão e severa Depressão. Eventualmente o portador desse Transtorno pode apresentar um único episódio de bipolaridade durante toda vida.

O diagnóstico diferencial pode ser particularmente difícil em situações de episódios depressivos em indivíduos hipertímicos e episódios mistos com predomínio de sintomas depressivos. Quando não diagnosticado adequadamente o paciente Bipolar, corre risco de suicídio e maior número de hospitalização. Portanto, a diferenciação entre episódios depressivos unipolares e bipolares é importante, pois o tratamento da depressão bipolar inclui, necessariamente, o uso de estabilizador de humor, pelo risco de ciclagem para mania e de possível piora no curso e prognóstico da doença.

Profa. Dra. Edna Paciência Vietta

Psicóloga cognitivo-comportamental /Ribeirão Preto

edna_vietta@hotmail.com

Bipolar disorder: importance of differential diagnosis

Bipolar disorder is a psychiatric illness characterized by alternating phases of depression and elation or euphoria. Euphoric when the person presents changes in the way we think, act and feel. Live in a fast pace, taking behaviors extravagant consuming everything in sight. The Bipolar is a recurrent disease that causes chronic and severe impact on the quality of life of patients and cause great emotional burden to their family, friends and coworkers. In general it is normal to be happy, even euphoric, with a job promotion, an achievement love, the birth of a son and other pleasant situations. It is also expected that the normal person to experience sadness and grief after a breakup loving, illness or death of loved one, job loss, situations involving financial difficulties, etc.. This has nothing to do with Bipolar Disorder. In fact, it is common to human exhibits a distinct change in mood, our mood is not constant, varying according to the situations we experience in day-to-day. On some days we are sad and others happier. What differentiates a person with Bipolar disorder that normal fluctuations in mood is the intensity of these oscillations. Thus, we must take into account that this disorder is not just mere “high and low mood swings.” Mood swings in bipolar disorder are more extreme and longer lasting than those experienced by others. It is the frequency difference, disproportion and inadequacy between the circumstances and the type of reactions manifest before facts and environmental situations that we can grasp the signs of the disorder. For example, people are happy and euphoric, when nothing around justifies such feelings. Your thoughts are accelerated and disorganized in such a way that issues arise in turmoil and is difficult to follow his line of reasoning, the person becomes inappropriate, makes remarks nuisance and causes discomfort in the environment. For those who have bipolar disorder, moments of stability may be rare, but also can vary greatly in frequency and intensity. The oscillation phase between Depression is Euphoria can be moments of stability (Eutimia) where the patient may present in a natural way. Bipolar Patients may also present with only episodes of depression throughout life (hence the problem of diagnosis) or only episodes of euphoria (which sometimes takes the family to think that such reactions are typical of the individual’s personality) . There are studies that includes the transition between Mania and hypomania, the phase of hyperthermia, a form of mania lighter than the other two (mood slightly above normal) also inadvertently confused with extroversion or something of the person . We can identify, even within the framework of bipolar disorder, a spectrum between various levels or degrees of Manias (euphoria) and depression. In simpler language: there are moods “intermediate”, and perhaps unique to each patient, ie, not every patient will have Bipolar swings deep and full of mood (in between extreme mania and depression) can swing between severe Hypomania Mania to Depression and between moderate and severe depression. Eventually the bearer of this disorder can present a single episode of bipolar disorder throughout life. The differential diagnosis can be particularly difficult in situations of depressive episodes in individuals hyperthymic and mixed episodes with prevalence of depressive symptoms. When not properly diagnosed Bipolar patient is at risk of suicide and higher number of hospitalization. Therefore, the differentiation between unipolar and bipolar depressive episodes is important because the treatment of bipolar depression necessarily includes the use of mood stabilizer, the risk of cycling to mania and possible worsening of the course and prognosis of the disease.

Professor. Dr. Edna Paciência Vietta
Clinical Psychologist

Consumismo, Narcisismo e a ditadura da felicidade

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Consumismo, Narcisismo e a ditadura da felicidade

Fica cada vez mais evidente na nossa civilização o surgimento de um novo estilo de vida que influencia gostos e atitudes dos indivíduos de forma geral. Os avanços tecnológicos e a busca exacerbada pelo prazer potencializaram o “individualismo” dando ênfase aos aspectos mais preponderantes do narcisismo em nossa sociedade.

Na visão psicanalítica, o narcisismo que acontece na infância é considerado como primário e é parte do processo normal do desenvolvimento humano. Nesse primeiro momento, há um autoerotismo em que a energia libidinal estaria concentrada no ego servindo de proteção, além de fonte de fantasias. O ser nessa condição está totalmente voltado para si. Essa etapa é indispensável para o desenvolvimento humano e não se confere a ela nenhuma patologia. O narcisismo, portanto, retrata a tendência do indivíduo de alimentar uma paixão por si mesmo. Segundo Freud, isso acontece com todos até certo ponto, a partir do qual deixa de ser saudável e se torna doentio, conforme os parâmetros psicológicos e psiquiátricos. Com o desenvolvimento do indivíduo essa energia libidinal ligada ao ego tende a se deslocar para os objetos, ou seja, o ego narcísico passará a procurar no Outro a realização de seus desejos e satisfação. Quando isso não acontece, instala-se o narcisismo patológico.

Numa sociedade consumista a libido é novamente redirecionada ao eu, ou seja, há uma regressão ao narcisismo e a sociedade é pautada por certas características: supervalorização da auto-realização, egocentrismo, personalidade centrada no EU, no individualismo, particularismo, hedonismo, busca por viver intensamente o presente, sentimento de desprezo e apatia pelo coletivo, buscando apenas a própria vantagem, só necessitando do outro como instrumento de confirmação do próprio eu. Nesse contexto, o Outro, é também apresentado como objeto para o consumo.

De acordo com Costa (1988), os distúrbios narcísicos, neste contexto, resultam de uma ampliação da experiência de impotência e desamparo, bem como de um clima de desorientação e ansiedade que tendem a se generalizar em nossa sociedade. Assim, o narcisismo se revela com o objetivo de evitar desprazer, dor, sofrimento ou privação.

Essa nova conjuntura levou o indivíduo a criar uma identidade pautada no consumismo, transformando tudo e todos em mercadorias que podem ser consumidas, coagindo o indivíduo a comprar para se sentir feliz tornando o que se pode chamar de ditadura da felicidade. Esta “felicidade material” faz com que a sociedade torne-se cada vez mais alienada – refém da própria existência.

A felicidade passou a ser pautada na aquisição de bens e poder, no consumo. Assim, é mais feliz quem puder consumir mais.

O objetivo natural do homem é ser feliz. Ao longo da civilização, muitos foram os caminhos percorridos pelo ser humano na busca dessa realização.

Assim, na Antiguidade, Idade Média e Modernidade a felicidade estava ancorada no Outro – no social, no coletivo – enquanto na atualidade, o ancoradouro da felicidade é o Eu – no indivíduo. Observamos a exacerbação do individualismo e a fragilidade dos laços sociais. Na prática, ao contrário de tempos antigos em que a sensação de encontro com a felicidade se via confirmada pelos Ideais mais amplos: Nação, Ideologias, Utopias, Família – hoje, temos a sensação de felicidade apenas quando não somos frustrados em nosso narcisismo.

Desse modo, a sociedade pós-moderna culminou com o Narcisismo, o Hedonismo: o prazer desenfreado e a busca incessante do prazer; o Niilismo: vazio existencial; o Pluralismo: onde não há absolutos, ou seja, a verdade maior fica relativizada; o Consumismo, com a valorização do ser pelo ter; no pragmatismo: sacrifício ao futuro em prol de um imediatismo total e escravizador, na busca desenfreada por resultados; individualismo: o homem passa a ser a medida de si mesmo, anulando tudo e todos ao seu redor; e finalmente, o Utilitarismo: onde o foco está nas vantagens do ser, somado ao conceito do descartável.

Se é que ainda possamos interferir neste processo devemos: proteger nossas crianças da publicidade excessiva, não incentivar o consumismo, estimular sua imaginação e criatividade, promover o contato com a natureza e com os livros. Só, assim, poderemos ter no futuro, adultos responsáveis, mais sensíveis e solidários, motivados a agirem como agentes transformadores da sociedade.

Profa. Dra. Edna Paciência Vietta

Psicóloga Clínica

Flexibilidade Cognitiva: requisito indispensável no mundo moderno

Flexibilidade Cognitiva: requisito indispensável no mundo moderno

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Flexibilidade Cognitiva: requisito indispensável no mundo moderno

“É impossível progredir sem mudanças, e aqueles que não mudam suas mentes não podem mudar nada” (George Bernard Shaw)

Somos aquilo que pensamos, porém algumas vezes construímos idéias irrealistas a nosso respeito. Quando nossas percepções encontram-se distorcidas, tendemos a interpretar os fatos erroneamente, emitindo idéias inadequadas ou equivocadas sobre o mundo, as pessoas e nós mesmos. Quando isso acontece com freqüência, apresentamos rigidez de pensamento, cuja tendência, é manter as coisas como elas estão (imutáveis ou acomodadas), como medida de proteção do self (eu), assumimos, então, uma posição inflexível, um padrão rígido de interpretar os fatos, a vida e os problemas.

Padrão Rígido se refere a uma “crença subjacente de que se deve fazer um grande esforço para atingir elevados padrões internalizados de comportamento e desempenho. Costuma se revelar em sentimentos de pressão ou dificuldade de relaxar e em postura crítica exagerada com relação a si mesmo e aos outros. Pode se manifestar como perfeccionismo, utilização de regras rígidas, intolerância, teimosia em relação à opinião de como as coisas deveriam ser, incluindo preceitos morais, éticos, culturais e religiosos elevados, fora da realidade.

Padrões inflexíveis ou postura crítica exagerada estão fundamentados na crença de que grande esforço deva ser empreendido na obtenção de elevados padrões internos de comportamentos e no desempenho para evitar críticas, o que reflete em sentimentos de pressão, dificuldade de relaxar e em posturas críticas exageradas com relação a si e aos outros. Envolve significativo prejuízo do prazer, do relaxamento, da saúde, da autoestima, da realização e de relacionamentos.

Ter alta flexibilidade cognitiva significa ter capacidade para mudar e/ou produzir mudanças, ser capaz de perceber respostas alternativas para uma mesma situação ao invés de ficar preso somente ao primeiro pensamento que vier à mente (pensamento automático). É conseguir flexibilizar respostas usando a memória, percepção, pensamentos, e assim elaborar a melhor resposta de modo a se adaptar às situações diversificadas. É a capacidade de buscar interpretações alternativas para uma mesma situação.

Flexibilidade é uma palavra que vem do latim tardio “flexibilitare” e significa, em seu sentido mais amplo, capacidade de adaptação, seja a situações novas ou na superação de obstáculos.

Para que ocorram mudanças cognitivas é preciso estar aberto a novas e diferentes idéias e pessoas, provocando e desafiando pensamentos disfuncionais. Para isso se faz necessário o uso da plasticidade cerebral e da flexibilidade cognitiva.

Plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente. É, portanto, condição necessária para a aprendizagem, uma propriedade intrínseca e característica importante do cérebro sendo um forte argumento neurocientífico sobre a aprendizagem, durante “toda a existência humana”. Ninguém pode ser igual a vida toda. Uma mente inovadora e criativa é fundamental para a sobrevivência, principalmente na vida profissional.

As pessoas inflexíveis têm rigidez em quase tudo o que fazem. A começar por seus pensamentos, dificilmente aceitam outras opiniões além das suas. Sentem dificuldades em mudar, inclusive nas mudanças que a vida impõe e não estão abertas a discussões. A rigidez distorce significados e causa sofrimentos desnecessários.A pessoa inflexível não admite mudanças, no entanto, a essência da vida é a transformação. A vida está em constantes transformações e precisamos nos adaptar a elas. A inflexibilidade costuma destruir laços sentimentais de amizade, mesmo no seio familiar, acarretando conflitos muitas vezes irremediáveis. É também, considerada como responsável por muitos conflitos familiares: discussões, brigas e separações entre casais. A pessoa inflexível apenas enxerga suas próprias razões sem ceder um milímetro sequer às ponderações do outro. Espera sempre que os outros se adaptem a elas, sua opinião deve sempre prevalecer.

Um dos objetivos da psicologia cognitiva é reinstalar a flexibilidade no paciente, fazendo com que ele (re) aprenda a enxergar diversas possibilidades de resolução para as adversidades da vida.

Hoje em dia, ser flexível ao nível das nossas crenças e comportamentos é um requisito absolutamente indispensável para uma boa adaptação, integração e convivência familiar, social e profissional.

Profa Dra Edna Paciência Vietta

Psicóloga Ribeirão Preto